Jane Eyre

Carácoles!

Esse livre merece um post especial!
São 550 páginas de altos e baixos, lágrimas e alegrias e muita reflexão.
O livro é de 1847. Muita coisa mudou, obviamente. Mas ele é atual em muitas reflexões que incita.
Nem preciso dizer que Inglaterra me encanta em todos os aspectos.
Juntamente com a época.... Amei tudo, cada detalhe, imaginando cada paisagem...
#MuitoAmor

"Manterei a lei dada por Deus; sancionada pelo homem. Eu me apegarei aos princípios que recebi quando estava sã, e não louca, como estou agora. As leis e princípios não são para épocas em que não há tentação; são para momentos como este, quando o corpo e a alma se levantam em motim contra o rigor deles; são severos; serão invioláveis. Se, por minha conveniência pessoal, eu os quebrasse, qual seria o valor deles? Têm um valor - sempre acreditei nisso; e se não posso acreditar agora, é porque estou insana, com fogo correndo nas veias e o coração batendo mais rápido do que posso contar suas batidas"

"Exausta com essa tortura mental, pus-me de joelhos. A noite caíra, e seus planetas giravam no céu: uma noite tranquila, silenciosa, serena demais para se ter medo. Sabemos que Deus está em toda a parte; mas certamente sentimos mais Sua presença quando Suas obras se mostram em maior escala à nossa frente; e é no céu noturno e sem nuvens, onde Seus mundos giram em círculos silenciosos, que lemos mais clara a Sua infinitude, a Sua onipotência, a Sua onipresença. Eu me pusera de joelhos para orar pelo Sr. Rochester. Erguendo a cabeça, vi, com os olhos cheios de lágrimas, a poderosa Via Láctea. Lembrando-me do que era - que incontáveis sistemas varriam ali o espaço como um suave facho de luz - senti o poder e a força de Deus. Estava certa de Sua eficiência para proteger o que criara, convenci-me de que nem a terra pereceria, nem qualquer uma das almas que entesourava. Volvi minha prece para um agradecimento; a Fonte de Vida era também o Salvador dos espíritos"

"Existe a seguinte diferença entre eu e os filósofos deístas; eu creio; e creio no Evangelho. A senhorita falhou em seu epíteto. Não sou um pagão, mas um filósofo cristão... um seguidor de Jesus. Como discípulo d'Ele, adoto Suas doutrinas puras, misericordiosas, benignas. Defendo-as; jurei disseminá-las. COnquistado para a religião na juventude, foi ela que cultivou minhas qualidades originais, da seguinte maneira: a partir do minúsculo germe, a afeição natural, desenvolveu frondosa árvore, a filantropia. Da mesquinha raiz da retidão humana, criou um senso correto da justiça divina. Da ambição por conquistar poder e fama para meu desgraçado eu, formou ambição para ampliar o Reino de meu Senhor, conquistar vitórias para o estandarte da Cruz. Foi isso o que a religião fez por mim; extraindo o melhor dos materiais originais; podando e treinando a natureza. Mas não podia erradicar a natureza, que não será erradicada "até que este mortal assuma a imortalidade"

Charlotte Brontë....


Imagens de Jane Eyre (filme):

Lowood Institution

Thornfield Hall

St John Rivers

Jane & Edward Rochester


Thornfield Hall

Final feliz... será?

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